O Teatro-D

Teatro-D

 

DARSON RIBEIRO INAUGURA TEATRO-D COM SHOW INTIMISTA DE NEY MATOGROSSO

No trilátero mais cobiçado da capital paulista, entre as ruas João Cachoeira, Leopoldo Couto de Magalhães e Av. Juscelino Kubitschek, no Itaim Bibi, nasce o inovador Teatro-D

O projeto do ator, diretor e produtor Darson Ribeiro, que idealizou o local com base numa plataforma inédita de negócios, vai além de uma sala de espetáculos: um espaço contemporâneo, multifuncional e rico em possibilidades – tanto para o público quanto para as produções –, sem patrocínios de leis de incentivo, porém contando com parceiros cujas marcas são das mais renomadas do país.

Teatro-D fica no Piso G-2 do prédio que abriga o hipermercado Extra, no Itaim Bibi, com três entradas, pela Av. Juscelino Kubitschek e pelas ruas João Cachoeira e Leopoldo Couto de Magalhães, acesso aos corredores de serviços e praça de alimentação, e ainda oferece estacionamento gratuito, exclusivo para seu público.

Construído em uma área de 1000 m², o projeto de Darson privilegia a arte e os artistas. O espaço foi estruturado para receber as mais diversas produções culturais, incluindo shows e concertos, em seu palco de 113 m² (13,20 m de boca X 8 m de profundidade), equipamentos compatíveis de luz e de som, amplas coxias e camarins. O teatro tem ainda uma sala múltipla apropriada para ensaios, aulas e eventos, áreas para limpeza e vestuário técnico, além da vantagem de entrada privativa para os artistas. A plateia foi adequada para 350 lugares, com poltronas confortáveis, ar condicionado e totalmente acessível.

O foyer, de aproximadamente 250 m², foi planejado para desde pequenas leituras dramáticas, rodas musicais, saraus e concertos até eventos de grande porte e exposições – e ainda oferece um belo piano de cauda.   O ambiente abriga ainda uma livraria Companhia das Letras, o Café D-Teatro e uma mesa coletiva de trabalho com internet livre, tudo emoldurado por dois painéis de 3,5 m X 5,80 m do artista e grafiteiro Guilherme Kramer, que compôs as duas portas de entrada da plateia, invisibilizando-as com os rostos anônimos e ao mesmo tempo de artistas falecidos que o diretor quis homenagear. “É como se o público ao entrar na sala de espetáculos, estivesse entrando na casa destes artistas. Paulo Autran, Raul Cortez, Grande Otelo, Elke Maravilha, Miriam Muniz e Sérgio Brito são alguns dos homenageados”, diz o artista.  Raquel Saliba ocupa uma parede de quase 30m de extensão, com 59 máscaras, onde pretende criar um momento de reflexão e diálogo sobre cada indivíduo e principalmente sobre a parte que está ainda oculta pelos preconceitos e pelas tradições opressivas do mundo atual, que interferem nas liberdades e nos desejos de cada um. Já Adriana Rizkallah convidando o espectador a um mergulho de vivência lúdica num ciclo incessante de possibilidades, promovendo a sustentabilidade através de sua arte, com sua obra “taturana” – técnica mista em papel machê reciclado, estruturada em cobre e aço.

A programação do Teatro-D começou com um show especial. Amigo de Darson há mais de 20 anos, Ney Matogrosso fez a inauguração do novo espaço de cultura em SP para uma plateia estrelada.

“O conheci convidando-o para criar a luz de uma peça que produzi e dirigi, ‘Oberosterreich’, do alemão Franz Kroetz, na Casa da Gávea, no Rio, onde morei por sete anos e meio, e nunca mais nos desgrudamos”. Ney criou outras luzes para seus trabalhos, além de participações vocais especiais para trabalhos teatrais, como o recente primeiro solo “O Homem que queria ser livro”, de Flavio de Souza.

“Ney está acima do bem e do mal, vai além do homem em todos os aspectos, seja família, amigos, e no geral, em trabalho. E para inaugurar um sonho – o meu teatro – não tinha outra pessoa, outro artista. Porque ele engloba o ator e o cantor – e isso somado ao também iluminador, figurinista e homem das artes que é. É o que quero dar ao palco desse lugar que chamei de Teatro-D, uma casa verdadeiramente para o artista. Sem afetação, sem pôr o dinheiro em primeiro plano, pensando numa qualidade artística e nas condições que a arte ora passa no país. O Ney vem chancela tudo isso”, declara Darson, que finaliza: “O Camarim Principal o terá pela primeira vez, e uma assinatura dele na porta denominará o espaço para outros tantos depois”.

Ney se apresentou acompanhado pelo Maestro Leandro Braga, parceiro dele também há anos, com canções que permeiam seus shows e algumas surpresas entre as favoritas do anfitrião. Entre elas, “Fala” (Secos&Molhados) e “A Distância” (Roberto Carlos).

A programação segue em soft opening, com espetáculos para as crianças, como “O Dia Em Que Minha Vida Mudou Por Causa de Um Chocolate Comprado Nas Ilhas Maldivas”, inspirado no livro de Keka Reis, finalista do Prêmio Jabuti em 2018, e para adultos, como “Homens no Divã”, de Darson Ribeiro, em matinês. Em janeiro, o Teatro-D recebe a atriz Cássia Kiss com “Meu Quintal É Maior que o Mundo”, monólogo baseado no poeta Manoel de Barros (1916-2014).