Meu Quintal é Maior do que o Mundo

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Meu Quintal é Maior do que o Mundo

O RECÉM-INAUGURADO TEATRO-D ABRE A PROGRAMAÇÃO 2020 COM CÁSSIA KIS COM
“MEU QUINTAL É MAIOR DO QUE O MUNDO”.

O Teatro-D, projeto do ator, diretor e produtor Darson Ribeiro, que idealizou o local com base numa plataforma inédita de negócios, um espaço contemporâneo, multifuncional e rico em possibilidades – abrirá sua programação 2020 com o monólogo “Meu Quintal é Maior do que o Mundo”, em curta temporada entre os dias 10 de janeiro e 9 de fevereiro de 2020, às sextas e sábados, 21h, e domingos, 19h, com ingressos a partir de R$ 45.

A peça traz 18 poemas de Manoel de Barros (1916 – 2014), extraídos do livro “Memórias Inventadas”. Conhecedora da obra do poeta, a atriz se considera uma excelente leitora do escritor mato-grossense. Após descobrir sua poesia em 1980, estabeleceu uma relação não só com a obra do autor, mas com o próprio Manoel, com quem se correspondia e de quem se tornou amiga. E foi justamente um livro de Manoel que a atriz escolheu para marcar sua volta aos palcos depois de 10 anos (sua última peça foi O Zoológico de Vidro, de 2009). A nova montagem se passa em um quintal, representado no palco por um tapete, no qual Cássia interpreta quatro diferentes personagens: um menino com 5 anos, um jovem de 15, um homem de 40 e um idoso de 85. A peça tem direção, cenário e figurinos de Ulysses Cruz, parceiro de trabalho de Cássia há 40 anos e com quem ela divide a criação do texto e, ainda, Gilberto Rodrigues, responsável pela execução da música ao vivo e pela direção e criação musical.

Em “Meu Quintal é Maior do que o Mundo” a atriz Cássia Kis abre a cena revelando as fontes de inspiração do poeta: a criança, o passarinho e o andarilho. Em seguida, ao pisar num tapete no centro do palco e com um livro em mãos, a atriz evoca o universo poético do cerrado brasileiro, tão bem descrito pelo poeta. A participação do músico Gilberto Rodrigues é fundamental: ao vivo ele executa a trilha sonora que costura a encenação. A luz de Nicolas Caratori valoriza a narrativa da montagem. “A peça é literatura, pois pede que o espectador ouça frases bem construídas, a forma como ele dizia essas palavras, as dores que estavam ali escondidas. Manoel era como um andarilho que inventava caminhos, ” descreve Cássia.

O ESPETÁCULO
Para realizar o antigo sonho da atriz, que acalenta o desejo de criar uma versão para o palco da obra de Manoel de Barros há quatro décadas, Ulysses Cruz decidiu rever estudos iniciais desenvolvidos por Cássia e Jayme Compri (que integrava o grupo do diretor, Boi Voador, que o próprio Ulysses indicara), para a construção de possíveis cenas. “Quando Cássia retomou o projeto da peça, história recorrente em sua vida, eu gelei. Ao perceber sua determinação e o risco de ela montar o trabalho com qualquer outra pessoa, eu – que tenho um prazer absoluto em trabalhar com ela, sua qualidade como atriz é superlativa – topei na hora”. A sacada de Ulysses ao ler o livro “Memórias Inventadas” foi perceber que todos os textos continham um enredo. “De cara entendi que não dava para fazer o livro todo pela quantidade de textos e o risco da fragmentação em pequenas histórias, que geraria dificuldade de compreensão”.
Assim, com base em três conceitos – onde se passa a ação, quem está na ação e o que estão fazendo – Ulysses organizou 18 textos para a montagem. O trabalho incluiu a necessidade de ligar um texto ao outro para ampliar a ideia de continuidade. A estrutura da peça permite que o público entenda quais são as fontes do poeta por meio de uma divisão em blocos. O primeiro bloco reúne textos com as descrições do cenário que Manoel de Barros faz de seu mundo: o quintal, simbolizado pelo tapete. O segundo bloco mostra quem é a pessoa que descreve tais cenários, ou seja, o menino, o homem ou o velho Manoel de Barros. Finalmente, os textos trazem os objetos de inspiração do poeta. Ulysses também se colocou no lugar do público e gostaria que ele sentisse “a alegria de ouvir textos tocantes, surpreendentes, lindos, felizes, angustiados, dramáticos, engraçados e bem-humorados”.

FICHA TÉCNICA
Obra: Manoel de Barros / Elenco: Cássia Kis / Concepção e direção geral: Ulysses Cruz / Adaptação do texto: Cássia Kis e Ulysses Cruz / Cenário e figurinos: Ulysses Cruz / Direção e criação musical: Gilberto Rodrigues / Execução musical: Gilberto Rodrigues / Fotografia e Design: Gal Oppido / Design de luz: Nicolas Caratori / Fotos: Ronaldo Gutierrez / Direção de Movimento: Cynthia Garcia / Costureira: Judite de Lima / Adereços: Luis Rossi / Coordenação de Circulação: Selene Marinho e Sergio Mastropasqua/ Produção Original: SESI – SP

SERVIÇO:
“Meu Quintal é Maior do que o Mundo”, com Cássia Kis
Estreia: 10 de janeiro de 2020
Temporada: De 10 de janeiro e 9 de fevereiro de 2020
Sextas e sábados, às 21h | Domingos, às 18h – Não é permitida a entrada após o início do espetáculo
Duração: 70 minutos
Gênero: Prosa Poética
Classificação: livre
Ingressos: R$ 90 | R$ 45
>  Moradores do Itaim Bibi pagam meia-entrada, com comprovante de residência
>  bilheteria@teatrod.com.br | Todos os dias, das 13h às 19h; em dias de programação, até o início do evento OU pelo SYMPLA

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